O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu um passo decisivo no início de outubro, anunciando a implementação de um novo e rigoroso pacote de medidas de segurança para a concessão de crédito consignado. A ação é uma resposta direta ao volume crescente de reclamações e denúncias de fraudes e empréstimos não solicitados, que há anos penalizam a população mais vulnerável do país: aposentados e pensionistas. A nova política tem como foco blindar os beneficiários contra a concessão de dívidas sem consentimento e o assédio comercial agressivo.

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Entre as "travas de segurança" anunciadas, espera-se uma maior exigência de comprovação do consentimento do segurado. As mudanças devem incluir o reforço da biometria facial e a necessidade de assinatura digital qualificada para formalizar a contratação, tornando praticamente impossível a realização de um empréstimo apenas com dados básicos. Além disso, o INSS deve ampliar o período de carência ou "bloqueio" para a realização de novos empréstimos após a concessão inicial do benefício, dando ao segurado mais tempo para se familiarizar com o sistema e denunciar qualquer irregularidade.

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Para o segurado, a mudança representa um alívio imediato contra o assédio telefônico e as propostas abusivas, promovendo um ambiente de maior segurança financeira. No entanto, a contrapartida burocrática é inevitável: a contratação de empréstimos legítimos pode se tornar mais lenta e exigir mais etapas de validação. O INSS, em parceria com o Dataprev, trabalha para que a tecnologia simplifique o processo para quem age de boa-fé, ao mesmo tempo em que cria barreiras intransponíveis para os fraudadores.

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Ao elevar os padrões de segurança e exigir maior transparência e validação no processo de crédito consignado, a autarquia busca restaurar a confiança no sistema e garantir que o crédito, uma ferramenta importante, seja utilizado de forma consciente e segura, e não como um veículo para a fraude.

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