
O International Sustainability Standards Board (ISSB) estabeleceu novos padrões que, pela primeira vez, forçam a contabilidade tradicional e o reporting de sustentabilidade a se unirem. O IFRS S1 trata da divulgação geral de informações relacionadas à sustentabilidade que são materialmente relevantes para as decisões dos investidores, enquanto o IFRS S2 foca especificamente nas divulgações relacionadas ao clima. No Brasil, essa adoção está sendo catalisada pela B3 e por órgãos reguladores, pressionando as empresas a tratarem dados não financeiros, como a pegada de carbono, o uso de água e a diversidade da força de trabalho, com a mesma rigorosidade dos dados de balanço. O objetivo é garantir que os mercados globais tenham informações comparáveis e confiáveis sobre o risco e a resiliência das companhias em face das mudanças climáticas e dos desafios sociais.
O maior obstáculo para a plena adoção dos padrões IFRS S1 e S2 não é legal, mas sim operacional. As empresas enfrentam o desafio de mensurar dados ambientais e sociais com a precisão exigida pela auditoria contábil. É nesse ponto que o profissional de contabilidade é convocado a assumir a liderança. O contador precisa adquirir expertise em Contabilidade Verde e nas novas métricas ESG, garantindo que os dados de emissão de gases (Escopos 1, 2 e 3) e as informações de governança sejam rastreáveis, verificáveis e integrados aos sistemas de ERP. Esse novo escopo de trabalho eleva o contador a um papel consultivo, sendo o elo entre a estratégia de sustentabilidade da alta gestão e a credibilidade das informações divulgadas ao mercado.
A qualidade do reporting ESG, conforme os padrões IFRS, afeta diretamente a atratividade das empresas no mercado de capitais. Investidores e gestores de ativos utilizam essas divulgações para avaliar a longevidade e o risco das companhias. Empresas que demonstram alta conformidade com o IFRS S1 e S2 tendem a ser vistas como mais resilientes e transparentes, o que, frequentemente, resulta em um menor custo de capital. A transparência se torna, assim, um ativo financeiro. A expectativa é que, à medida que a obrigatoriedade se consolide no Brasil, a precisão e a padronização dos relatórios ESG se tornem um fator decisivo para a precificação de ações e o acesso a linhas de crédito.
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